Cleia Viana/Agência Câmara 26.03.2019
A Câmara dos Deputados e o Palácio do Planalto travaram nessa terça-feira (26), uma queda de braço sobre a vinda do ministro, Paulo Guedes, à CCJ (Comissão de Constituição).
Guedes justificou a sua ausência nessa terça porque não havia relator da reforma da Previdência designado. E os deputados condicionam a designação do relator à presença de Guedes.
Na disputa de forças, ganharam os deputados, que uniram base do governo e oposição na comissão para um acordo que evitou a votação da convocação do ministro.
Em troca do apoio da oposição, o governo se comprometeu com a vinda do ministro ao Congresso na próxima quarta-feira (3).
Os outros termos do acordo foram passar a reunião dos juristas com representantes da base e da oposição para a próxima semana e não condicionar a designação do relator à vinda do ministro.
O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL- PR) disse após o encerramento da sessão da comissão que deve designar o relator até o fim dessa semana e que amanhã irá se reunir com os ministros Guedes e Onyx, além do Secretário da Previdência, Rogério Marinho, para acertar prazos e a relatoria.
O atraso na tramitação da Previdência não é benéfico ao governo, mas na próxima semana o clima entre Planalto e Câmara pode estar mais ameno. Os deputados não gostaram da quebra do acordo fechado na semana passada, de que o ministro Guedes viria à Casa nesta terça. Também não agradou a proposta da pasta de enviar o secretário da Previdência no lugar dê Guedes.
Para Júlio Delgado (PSB-MG) “não é o momento de ouvir Marinho, é preciso ouvir Guedes já que o que se discute nesse momento é a admissibilidade”.
Source: R7